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Telhado aparente x Telhado embutido

Uma duvida recorrente na hora de escolher o tipo de cobertura a ser utilizada é: qual melhor se encaixa no meu projeto?



A escolha do tipo de cobertura ideal deve levar em consideração não só o aspecto arquitetônico e estético, mas também o econômico e construtivo.


Entre as funções da cobertura de uma construção, pode-se citar a proteção contra intempéries, como a chuva e o sol, bem como a isolação térmica e acústica. Além destes aspectos funcionais, a cobertura tem um papel muito importante na arquitetura, ditando o estilo da construção e design. Por exemplo, um telhado aparente remete a um estilo mais tradicional da arquitetura, por outro lado, um telhado embutido favorece traços mais contemporâneos.



No quesito econômico, uma cobertura aparente tende a ser mais cara, é exigida maior estrutura, logo, mais material. Outra questão é a qualidade da montagem e aparência final, aspectos do âmbito construtivo e que demandam mais tempo de execução. Claro que, tudo depende do tipo de material e solução utilizada para o telhado. Quanto aos materiais, o consumo de telhas e madeiramento (estrutura) aumenta conforme aumenta-se a inclinação do telhado - tem-se um aumento de área. Inclinações usuais em coberturas aparentes ficam em torno de 20-60%, a depender do tipo de telha a ser empregado. Para citar alguns exemplos: uma telha portuguesa, igual a usada na obra da foto acima, exige um inclinação mínima de 30%. Inclinações maiores podem atingidas facilmente com telhas do tipo Shingle, muito populares nos Estados Unidos, porém que necessitam de mão de obra especializada para sua instalação.



O telhado embutido é aquele que fica "escondido" atrás de platibandas da cobertura, possibilitando um design arquitetônico mais contemporâneo a edificação. Sua inclinação usual é pequena, geralmente entre 5-10%, desta forma o consumo de materiais, telhas e estrutura (seja em aço ou madeira) é significativamente menor, se comparado ao telhado aparente. Abaixo, a estrutura de uma cobertura tipo embutida, em aço. E, em seguida, com as telhas de fibrocimento, rufo e calhas em alumínio instaladas.



Um ponto muito importante em cobertura embutidas é o correto dimensionamento das calhas, como também o diâmetro e quantidade dos condutores (tubulação que permite a passagem da água da chuva até o solo). A incorreta instalação, por falhas na mão de obra, é outro problema grave em coberturas deste tipo. Estes erros, infelizmente comuns, permitem a passagem da água para a laje abaixo da cobertura, acarretando em infiltrações e custos inesperados ao morador, sem contar a dor de cabeça gerada.


Uma terceira opção é a laje impermeabilizada, muito usada em terraços e varandas que ficam expostas, bem como na cobertura de caixas d'água e também em telhados verdes ou jardins, nesta a própria laje é utilizada com a função de cobertura, sem a necessidade de telhas ou qualquer estrutura adicional. Esta opção também possibilita o uso deste espaço. Porém, faz-se necessária a correta impermeabilização desta laje para garantir a estanqueidade (sem vazamentos) e prevenir futuros incômodos.


Todas as imagens utilizadas são de projetos e obras da G+1 Arquitetura + Engenharia e possuem direitos autorais.

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